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sexta-feira, 8 de março de 2019

O iluminismo

Resumo - O Iluminismo - Pensadores e características

Iluminismo foi um movimento intelectual que surgiu durante o século XVIII na Europa, que defendia o uso da razão (luz) contra o antigo regime (trevas)  e pregava maior liberdade econômica e política.

Este movimento promoveu mudanças políticas, econômicas e sociais, baseadas nos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade.

O Iluminismo tinha o apoio da burguesia, pois os pensadores e os burgueses tinham interesses comuns.
Iluminismo: Exercícios e características.
As críticas do movimento ao Antigo Regime eram em vários aspectos como:
- Mercantilismo. 
- Absolutismo monárquico.
- Poder da igreja e as verdades reveladas pela fé.
Com base nos três pontos  acima, podemos afirmar que o Iluminismo defendia:
- A liberdade econômica, ou seja, sem a intervenção do estado na economia.
- O Antropocentrismo, ou seja, o avanço da ciência e da razão.
- O predomínio da burguesia e seus ideais.

As ideias liberais do Iluminismo se disseminaram rapidamente pela população. Alguns reis absolutistas, com medo de perder o governo - ou mesmo a cabeça -, passaram a aceitar algumas ideias iluministas.
Estes reis eram denominados Déspotas Esclarecidos, pois tentavam conciliar o jeito de governar absolutista com as ideias de progresso iluministas.
Alguns representantes do despotismo esclarecido foram: Frederico II, da Prússia; Catarina II, da Rússia; e Marquês de Pombal, de Portugal.
Alguns pensadores ficaram famosos e tiveram destaque por suas obras e ideias neste período. São eles:

John Locke

John Locke é Considerado o “pai do Iluminismo”. Sua principal obra foi “Ensaio sobre o entendimento humano”, aonde Locke defende a razão afirmando que a nossa mente é como uma tábula rasa sem nenhuma ideia. 

Defendeu a liberdade dos cidadãos e Condenou o absolutismo.

Voltaire

François Marie Arouet Voltaire destacou-se pelas críticas feitas ao clero católico, à inflexibilidade religiosa e à prepotência dos poderosos.

Montesquieu

Charles de Secondat Montesquieu em sua obra “O espírito das leis” defendeu a tripartição de poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário.

No entanto, Montesquieu não era a favor de um governo burguês. Sua simpatia política inclinava-se para uma monarquia moderada.

Rousseau

Jean-Jacques Rousseau é autor da obra “O contrato social”, na qual afirma que o soberano deveria dirigir o Estado conforme a vontade do povo. Apenas um Estado com bases democráticas teria condições de oferecer igualdade jurídica a todos os cidadãos. Rousseau destacou-se também como defensor da pequena burguesia.

Quesnay

François Quesnay foi o representante oficial da fisiocracia. Os fisiocratas pregavam um capitalismo agrário sem a interferência do Estado.

Adam Smith

Adam Smith foi o principal representante de um conjunto de ideias denominado liberalismo econômico, o qual é composto pelo seguinte:
- o Estado é legitimamente poderoso se for rico;
- para enriquecer, o Estado necessita expandir as atividades econômicas capitalistas;
- para expandir as atividades capitalistas, o Estado deve dar liberdade econômica e política para os grupos particulares.
A principal obra de Smith foi “A riqueza das nações”, na qual ele defende que a economia deveria ser conduzida pelo livre jogo da oferta e da procura.

quarta-feira, 6 de março de 2019

Fotossíntese dúvida de um sabiá

SEXTO ANO - Fotossíntese, dúvida de um sabiá






Fernanda Reinert, Departamento de Botânica, Universidade Federal do Rio de Janeiro.


Sempre achei que se o sabiá pudesse falar ele um dia soltaria uma pergunta daquelas bem cabeludas. Basta olhar para ele parado no galho, mexendo o pescocinho de um lado pro outro, que tenho a sensação de que esse passarinho está matutando alguma coisa. Outro dia, tinha um com uma minhoca pendurada no bico pousado na raiz de uma árvore, olhando para cima, para a parte das folhas. Parecia que ele, pronto para almoçar a sua presa, se perguntava: “Eu vôo de lá pra cá para beber água e conseguir o que comer e essa árvore, que nunca sai do lugar, cresce e, ainda, dá flores e frutos. Como isso é possível? Do que será que ela se alimenta?”

Depois que eu inventei essa pergunta para justificar a impressão de curioso que o sabiá sempre me passou, decidi que a árvore também poderia ter o dom da palavra e dar algumas explicações para ajudar o sabiá a esclarecer suas dúvidas. Essa conversa ficou assim...

‐ Ora, ora, sabiá, quer dizer que você não sabe como eu consigo energia para crescer?

‐ É isso mesmo que me intriga. Vivo às voltas procurando sementes e minhocas para mim e para os meus filhotes. E a senhora aí parada faz o que para conseguir tudo?

‐ Bem, meu caro, eu faço fotossíntese.

‐ Foto... o quê?!

‐FO-TOS-SÍN-TE-SE. Esta parece ser uma palavra nova para você. Vou explicar, então. Meu corpo é dividido em três partes: folhas, tronco e raízes. As raízes sempre crescem na direção das partes mais úmidas do solo. Então, a água do solo sobe pelas raízes através de canais muito fininhos que possuo e vai seguindo pelo o tronco até chegar às folhas, flores e frutos. Mas isso ainda não é a fotossíntese. Meu alimento eu mesma produzo.

‐ Como assim?????

‐ Não precisa se espantar porque não é difícil de entender. Eu uso ingredientes muito comuns para fazer fotossíntese: a luz do sol, a água e o gás carbônico, que está no ar e é invisível. Depois, junto os minerais e tenho o alimento que preciso. Os minerais vêem junto com a água, porque eles estão no solo. Não é possível ver esses minerais a olho nu porque eles são muito pequenos, muito menores que um grão de areia.

‐ Sei, sei...

‐ Então, ao mesmo tempo em que a água vai subindo pelo tronco, as folhas fazem o trabalho de capturar a luz do sol.

‐ Como assim “capturam a luz”?

‐ Olha, as folhas, assim como qualquer outra parte do meu corpo ou do seu, são formadas de várias células ‐ outras estruturas que só pode ver ao microscópio. Dentro das minhas folhas tem clorofila, substância que faz o trabalho de absorver a luz. É por causa da clorofila que minhas folhas são verdes também. Mas nem tudo que é verde tem clorofila, viu?

‐ Ah, bom! Eu já ia perguntar se meu amigo papagaio era cheio de clorofila.

‐ Não, não. Animais não têm clorofila. Mas, como eu ia dizendo, minhas folhas são como uma fábrica de energia. Elas é que capturam a luz, juntam água e gás carbônico, produzindo tudo o que preciso para crescer. Isso é fotossíntese.

‐ Então, a energia do sol vai para todas as partes do seu corpo?

‐ Do meu e, depois, do seu também, quando você se alimenta de plantas.

‐ Uau! Então vou encontrar esses tais minerais, beber água e tomar um banho de sol. Assim nunca mais vou precisar buscar sementes e minhocas.

‐ Sabiá, você é esperto, mas às vezes dá umas mancadas...

‐ Por quê?

‐ Porque somos diferentes, meu amigo emplumado. Lembra que acabei de dizer que nem tudo que é verde tem clorofila? Nossos corpos não se assemelham em nada. Animais e plantas desenvolveram maneiras diferentes de conseguir seu alimento. Alguns fazem coisas que outros não conseguem. Pense comigo: peixes podem nadar, mas não voam alto como você. Em vez de asas, eles têm nadadeiras. Nós, plantas, temos coisas que vocês pássaros não têm.

‐ É, mas e os aviões?

‐ Você é mesmo danado. Aviões são máquinas e nós, seres vivos. Eles também precisam de energia para voar, mas a energia deles vem do combustível. Essa é uma outra história, a qual eu não sou lá a mais habilitada para explicar. Pergunte sobre isso aos humanos. Quer dizer, isso se você conseguir se fazer entender, porque eu aposto que ao ouvir você piando, eles vão lhe dar alpiste, achando que você está reclamando por comida!


Com uma gargalhada daquelas, a árvore e o sabiá encerraram a conversa. Mas prometeram voltar a se falar porque, afinal, ainda tinham muito o que descobrir juntos!