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segunda-feira, 27 de março de 2023

BIODIVERSIDADE DO CERRADO

 

BIODIVERSIDADE DO CERRADO

O Cerrado é um dos cinco grandes biomas do Brasil, cobrindo cerca de 25% do território nacional e perfazendo uma área entre 1,8 e 2 milhões de km2 nos Estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso do Sul, sul do Mato Grosso, oeste de Minas Gerais, Distrito Federal, oeste da Bahia, sul do Maranhão, oeste do Piauí e porções do Estado de São Paulo. Ainda há porções de cerrado em outros estados da federação (PR) ou em áreas disjuntas dentro de outros biomas (Floresta Amazônica). É a segunda maior formação vegetal do país, após a Floresta Amazônica, concentrando-se principalmente no Planalto Central Brasileiro (Coutinho, 1990; Eiten, 1994; Ribeiro &Walter, 1998).

Cerrado é uma das regiões de maior biodiversidade do mundo, e estima-se que possua mais de 6 mil espécies de árvores e 800 espécies de aves (MMA, 2002). Acredita-se que mais de 40% das espécies de plantas lenhosas e 50% das abelhas sejam endêmicas. Ao lado da Mata Atlântica, é considerado um dos hotspots mundiais, ou seja, um dos biomas mais ricos e ameaçados do mundo (MMA, 2002).

Assim como ocorre nos outros biomas do Brasil, a posição e extensão do Cerrado são determinadas pelo clima, que é do tipo tropical, com precipitação variando de 750 a 2000 mm por ano, em média, embora na maior parte da província ocorram chuvas entre 1100 e 1600 mm por ano. Ocorrem duas estações climáticas por ano, a estação seca, que dura aproximadamente cinco meses (de maio a outubro) e a estação chuvosa, no restante do ano (de outubro a maio) (Eiten, 1994).

VEGETAÇÃO

A vegetação do Cerrado e sua densidade, entretanto, não dependem do grau de pluviosidade, como ocorre nas savanas da África, mas sim de fatores edáficos (fertilidade, teor de alumínio e grau de saturação do solo) e modificações pelo fogo e corte. Esses fatores produzem diversas formas ou fisionomias para o Cerrado. Os tipos de vegetação que ocorrem no interflúvio são: (1) o cerrado sensu lato; (2) a floresta mesofítica; (3) o campo rupestre; (4) os campos litossólicos miscelâneos; e (5) a vegetação de afloramento de rocha maciça. Há também os tipos de vegetação associadas aos cursos d'água, que são: (1) as florestas galerias ou florestas de encosta; (2) os buritizais e veredas; (3) o campo úmido; (4) os brejos permanentes; (5) o pantanal; (6) as plantas aquáticas e brejeiras (Eiten, 1994).

A vegetação principal do Cerrado é a do cerrado sensu lato, que cobre cerca de 85% da área total. O restante da província do Cerrado é ocupado pelos outros tipos de vegetação e também por corpos d'água. O cerrado sensu lato apresenta ainda categorias fisionômicas baseadas na proporção das três formas de crescimento de plantas: árvores, arbustos e gramíneas. São elas: (a) campo limpo – fisionomia dominada por gramíneas, com baixa cobertura de arbustos e ausência de árvores; (b) campo sujo – fisionomia dominada por gramíneas e arbustos, com baixa cobertura de árvores; (c) cerrado sensu stricto – fisionomia com baixa cobertura de gramíneas e de arbustos, e mediana cobertura de árvores; e (d) cerradão – fisionomia com formações florestais com estrato herbáceo sem gramíneas, e dominado por plântulas e outras ervas e a maior cobertura de árvores do gradiente (até 7m) (Eiten, 1994; Henriques, 2005).

BIODIVERSIDADE

O bioma Cerrado abriga um número de espécies vegetais e animais semelhante ao encontrado em formações florestais, tendo sido considerado como uma das 27 áreas críticas de biodiversidade do planeta e alto grau de endemismo, principalmente em relação à flora (Marinho-Filho et al. 2010). A grande complexidade de hábitats e paisagens no Cerrado propiciam a existência de uma fauna diversa e abundante, distribuída de acordo com os recursos ecológicos disponíveis, topografia, solo e microclima (Alho, 1981). Segundo Dias (1982), na região de cerrado, devido a sua grande heterogeneidade, podem ocorrer até 5% da fauna mundial, e cerca de um terço da fauna brasileira (Coutinho, 1990). Estimativas apontaram aproximadamente 320.000 espécies da fauna para o Cerrado, distribuídas por 35 filos e 89 classes, sendo 67.000 de invertebrados, correspondendo a 20% da biota desse bioma (Dias, 1992).

INVERTEBRADOS

As informações sobre a riqueza de invertebrados são dispersas na literatura e os poucos inventários dos grupos taxonômicos para o bioma são localizadas. A dificuldade em obter dados sobre a entomofauna, por exemplo, deve-se à extrema riqueza das espécies e abundância de alguns grupos e às dificuldades taxonômicas (Dias & Morais, 2007). Estudos diversos apontaram pelo menos 10 espécies de minhocas, 7 espécies de escorpiões (Motta apud Dias & Morais, 2007), 13 espécies de louva-deus (Terra, 1995), 139 espécies de vespas sociais (Dias & Morais, 2007), 800 espécies de abelhas (Raw, dados não-publicados) e, só no Distrito Federal (DF), foram listadas 49 espécies de aranhas (Dall'Aglio, 1992; Lucas et al, 1983; Levi & Eickstedt, 1989), 28 espécies de libélulas, 68 espécies de cupins (Coles, 1980; Dias & Morais, 2007), 150 espécies de vespas caçadoras (Dias & Morais, 2007). Em relação às borboletas, um levantamento realizado no Planalto Central produziu uma lista de 604 espécies (Brown & Mielke, 1967). Entretanto, segundo especialistas, estima-se que para essa região haja mais de 900 espécies de borboletas e entre 10.000 e 12.000 espécies de mariposas (Dias & Morais, 2007). Outras estimativas sobre três ordens de insetos juntas (Lepidoptera, Hymenoptera e Isoptera) sugerem a existência de 14.425 espécies, representando 47% da fauna estimada para o Brasil. As regiões mais bem conhecidas são o Distrito Federal e a Serra do Cipó (MG), necessitando de mais estudos áreas como, por exemplo, o leste da Chapada dos Veadeiros e o Vale do Paranã, em Goiás, o norte de Minas Gerais, o oeste da Bahia, o sudeste do Maranhão, grande parte do Tocantins, sul do Mato Grosso e norte do Mato Grosso do sul (MMA, 2002).

AVIFAUNA

Em relação à avifauna, 837 são as espécies que ocorrem no Cerrado, sendo 29 espécies endêmicas (MMA, 2002). Sessenta e sete por cento das espécies do Cerrado estão associadas às florestas de galeria e matas secas (Silva 1995). A mastofauna é representada por pelo menos 194 espécies, distribuídas em 30 famílias e nove ordens, dentre elas 14 espécies endêmicas. Cerca de 80% de todos os mamíferos (terrestres, voadores, aquáticos e semi-aquáticos) estão associados às matas de galeria.

AMBIENTES AQUÁTICOS

No cerrado há também uma série de ambientes aquáticos, como nascentes, lagoas efêmeras e ambientes brejosos (buritizais e veredas), assim como rios e riachos, formadores das principais bacias hidrográficas do Brasil. Na sua área nuclear situam-se os Domínios do Paraná, Amazônico e do Leste do Brasil. O Domínio do Paraná abrange as cabeceiras do Rio Paranaíba, seus afluentes da margem esquerda e alguns afluentes da margem direita, como o Rio São Marcos, e também os afluentes da margem direita do alto Rio Paraná. O Domínio do Leste do Brasil inclui as cabeceiras do Rio São Francisco, no Estado de Minas Gerais, e afluentes da margem esquerda, como o Rio Paracatu e o Rio Urucuia. O Domínio Amazônico abrange os cursos do Alto e Médio Rio Araguaia e Rio Tocantins, além de cursos superiores de alguns afluentes dos rios Xingu, Tapajós e Madeira. Há também importantes conexões entre as cabeceiras de rios formadores das bacias hidrográficas do Tocantins, São Francisco e Parnaíba, constituindo áreas conhecidas como "Águas Emendadas", localizadas no Estado de Goiás, Minas Gerais e no Distrito Federal (Ribeiro, M.C.L.B., 2007).

As bacias hidrográficas apresentam uma biota diversificada e rica em invertebrados e vertebrados aquáticos, entretanto grande parte ainda não é totalmente conhecida. Todas essas bacias hidrográficas apresentam uma biota característica. Quanto à ictiofauna, as espécies que ocorrem nas cabeceiras têm relações mais estreitas com a da própria bacia à jusante do que com a de cabeceiras de outras bacias. Entretanto, nas áreas em que há conexões entre as bacias ("Águas Emendadas") pode haver troca entre a ictiofauna de cada uma. No Distrito Federal há conexões entre as bacias de Tocantins e Paranaíba, Tocantins e São Francisco, e São Francisco e Paranaíba, embora somente a primeira conexão encontre-se protegida pela ESEC Estadual de Águas Emendadas e as outras duas estejam seriamente comprometidas pela pressão das atividades humanas (Ribeiro, M.C.L.B., 2007).

quinta-feira, 23 de março de 2023

MÁQUINAS E COMBUSTÍVEIS

 

MÁQUINAS E COMBUSTÍVEIS
       As máquinas térmicas surgiram perto do século I a.C, mas durante a primeira revolução industrial, com novas tecnologias de motores a vapor, se difundiu mundo a fora. Esses motores a vapor eraram os antigos trens a vapor, as Marias Fumaça. Hoje os motores não usam vapor para girar, nem carvão como combustível na mesma proporção de antes, mas o princípio continua o mesmo: usar o motor para gerar energia.

A máquina térmica é um dispositivo que transforma a energia interna de um combustível em
energia mecânica. Também pode ser definida como o dispositivo capaz de converter calor em trabalho.
As máquinas devem realizar trabalho mecânico como elevar, movimentar ou misturar e seu
funcionamento depende de um combustível, ou fonte de energia, logo elas transformam algum tipo de
energia em energia mecânica

 

TIPOS DE COMBUSTÍVEIS
 

Os combustíveis estão divididos em dois grandes grupos: Combustíveis fósseis e Biocombustíveis.
Os combustíveis fósseis são: carvão mineral, gás natural e os extraídos do petróleo. O primeiro combustível fóssil que se tornou a fonte de energia mundial mais importante foi o carvão mineral, também chamado de carvão natural. Nessa época, o calor gerado na sua queima era utilizado na produção de vapor que movimentava máquinas, locomotivas e navios.

 

O petróleo é, na atualidade, o combustível fóssil de maior aplicação comercial, pois, nas refinarias, ele passa por um processo em que são obtidos os seus derivados, tais como a querosene, gasolina, gás de cozinha (GLP – gás liquefeito do petróleo), diesel, entre outros subprodutos. Um dos derivados do petróleo é o gás natural, outro combustível fóssil que também pode ser encontrado em jazidas, geralmente em associação ao petróleo. Ele é formado basicamente de metano e é usado, por exemplo, na geração de calor e de energia em indústrias e em automóveis, sendo menos poluente que o óleo combustível.

Todos os combustíveis fósseis são formados por compostos orgânicos que, quando queimados, liberam gás carbônico e água, isso é um grande problema, pois, desde o século XIX, a concentração de gás carbônico na atmosfera vem aumentando cada vez mais, o que tem intensificado o efeito estufa, ocasionando problemas. Além disso, pode acontecer à combustão incompleta dos combustíveis fósseis, o que libera o monóxido de carbono, um gás extremamente venenoso que não pode ser lançado na atmosfera. Assim como o carvão, os derivados do petróleo também possuem impurezas que são liberadas em sua queima e poluem a atmosfera. Além da poluição ambiental que causam, os combustíveis fósseis não são renováveis, ou seja, um dia vão esgotar-se. Por isso, há a necessidade e a busca urgente por alternativas que sejam fontes de energia mais limpas e renováveis, como os biocombustíveis.

Os biocombustíveis para receberem essa denominação, precisam provar que não poluem a
atmosfera com sua queima, e só então eles podem ser classificados como Energia limpa. O alcance
deste patamar ecológico, o de “não poluente”, depende da composição do combustível, diferente dos
combustíveis fósseis, não há impurezas que prejudicam a vida no planeta. Além da vantagem de não
serem poluentes, ainda contam com a classificação de “energia renovável”, ou seja, a fonte de energia
é inesgotável.
        As lavouras de matéria-prima podem ser replantadas, ao contrário dos fósseis, e é por essa
razão que o petróleo se torna a cada dia mais escasso, além das plantas usarem o Dióxido de Carbono,
o gás carbônico, para crescerem, eliminando assim o gás poluente que emitem na atmosfera. No Brasil
a produção de etanol a partir da cana-de-açúcar é referência no mundo inteiro, sendo desenvolvidas
tecnologias de qualidade para o uso do etanol como combustível nos automóveis brasileiros. O solo
Brasileiro é uma fonte rica de matéria-prima para a produção de Biodiesel, a começar pelo famoso
dendê, proveniente do Norte e Amazônia, da soja (típica das regiões Sul, Sudeste e Cerrado), da
mamona no Nordeste etc. Existem outras plantas para extração de biocombustível: macaúba, babaçu,
buriti, pinhão manso, todas essas são fontes de onde é possível se extrair Energia limpa, e o melhor:
são nativas do solo Brasileiro.

EXERCÍCIO  -  CIÊNCIAS: RESPONDA NO CADERNO

 

1)          Qual o combustível considerado renovável muito utilizado no Brasil?

 

a)Gasolina.      b) Diesel.

c) Querosene.  d) Etanol.

 

2)          O primeiro combustível fóssil a ser usado em larga escala mundial foi:

 

a) o gás natural.          b) a gasolina.

c) o carvão mineral.    d) o querosene.

 

3- Complete a frase, substituindo os números pelos termos que faltam, para que este tenha sentido: A máquina  térmica  é  um  dispositivo  que transforma  a  energia  interna  de  um  ( 1 )    em energia  mecânica.  Também  pode  ser  definida  como  o  dispositivo  capaz  de  converter  calor em  (2 ).

 

4- Analise as afirmações a seguir e coloque V para as verdadeiras e F para as falsas. Em seguida marque a opção que trás todas as respostas corretas.

 

a)                (           ) O primeiro motor a vapor surgiu na primeira revolução industrial.

b)                (           ) Os combustíveis fósseis são apenas os derivados de petróleo.

c)                (           ) Os combustíveis fósseis não são renováveis.

d)                (           ) Os biocombustíveis são produzidos a partir de plantas e óleos vegetais.

 

5- O que é uma máquina térmica?

 

6- Qual a relação dos combustíveis fósseis com o efeito estufa?

 

7- Explique  porque o Brasil se destaca, tratando-se de energia renovável.

 

 

A química presente nas atividades do dia-a-dia

 

A química presente nas atividades do dia-a-dia

Todo dia, você acorda com péssimas notícias. Na sua boca, pode ter certeza, nasceu o embrião de uma cárie. Quanto à pele, não se iluda: milhões de bactérias aproveitaram a noite para um verdadeiro banquete à base de células descascadas, suor, gordura, um ou outro glóbulo sangüíneo e eventuais resíduos de pus, que são encontrados com fartura depois de várias horas sem lavagem. Os produtos dessa comilança irão inevitavelmente fermentar, causando mau cheiro, mais cedo ou mais tarde. Água, pura e simplesmente, não resolverá o problema. Para se garantir um bom dia, é preciso lançar mão dos ácidos graxos — e aqui não se trata dos que estão presentes na gordura do leite e da manteiga no desjejum, mas dos componentes básicos de produtos como o sabonete, o xampu, o condicionador e a pasta de dentes. 


Uma árvore, quando é exposta à luz do sol, começa o processo da fotossíntese, que é a absorção da energia luminosa e sua transformação em energia, indispensável para a vida das plantas. A fotossíntese é de extrema importância para a manutenção do equilíbrio biológico nos diversos ecossistemas de nosso planeta. Tudo que ocorre durante este processo é química.
A água que é um elemento essencial à vida só torna-se potável através de muitos processos químicos, que tratam a água imprópria para o consumo garantindo o abastecimento à população.

Outros exemplos que provam como a química está presente em nosso cotidiano podem ser citados:
• Nos alimentos: os alimentos naturais precisam dos produtos químicos que fertilizam a terra para sua produção. Os pesticidas também são de grande importância na tarefa de garantir a qualidade dos alimentos, pois sua ação combate as pragas impedindo a disseminação de doenças e destruição das plantações.

• No vestuário: a maioria das roupas que usamos apresenta fios artificiais (náilon, poliéster) misturados a fibras naturais (algodão, lã).

• Na saúde: o desenvolvimento da indústria farmacêutica e da medicina fortalece a saúde humana, aumentando a expectativa de vida do homem.

• No desenvolvimento econômico e tecnológico: a indústria química transforma elementos presentes na natureza em produtos úteis ao homem. Desde a fabricação de bens como computadores e automóveis até itens como plásticos, vidros, papel e tintas são resultados de transformações químicas.

Muitas substâncias químicas são comuns no nosso dia a dia, por exemplo:
• Acetona (propanona)
• Sal de cozinha (cloreto de sódio)
• Água oxigenada (peróxido de hidrogênio)
• Álcool (etanol)
• Formol (metanal)
• Soda cáustica (hidróxido de sódio)
• Ácido acético (componente do vinagre)

Apesar de todo progresso e bem estar proporcionado pela química, há uma insistente crítica sobre essa ciência, que ainda é responsabilizada por desastres ecológicos e poluição existente no planeta, quando na verdade é a inadequada atividade humana que faz uso da química produzindo efeito nocivo sobre o meio ambiente.

As agressões à atmosfera através da elevada quantidade de gases poluentes emitidos, agravando o efeito estufa, são consequências da ganância do homem. O conhecimento é o principal meio de conscientização, levando a sociedade a evitar o consumo excessivo de materiais e energia, e exigir meios que substituam o uso de combustíveis fósseis. A química deve ser compreendida de maneira que se promova uma qualidade de vida cada vez melhor.

Enzimas e reações enzimáticas

 

Enzimas e reações enzimáticas

 

Não há metabolismo sem enzimas, estas, são proteínas que facilitam as reações químicas que ocorrem na célula. A forma da molécula de cada enzima, a sua estrutura, está diretamente relacionada com a função dela. Assim, diferentes enzimas, por apresentarem formas distintas, desempenham funções específicas.

Para que a enzima facilite certa reação, ela precisa primeiro ligar-se aos reagentes, também chamados de substratos. A ligação entre a enzima e os substratos somente ocorre se as formas das moléculas forem complementares ( substrato- sítio ativo- enzima). Durante a reação,  a enzima não é consumida, permanecendo intacta ao final, podendo ter seu formato alterado durante a reação, temporariamente, voltando à sua forma original. No entanto, caso a enzima for aquecida, ela pode ficar inativa, alterando a forma da molécula, de modo permanente, com o aquecimento, esse processo é chamado de desnaturação.

As reações que as enzimas catalisam podem ser  : E+S=ES=E+P, o substrato transforma-se em produto da reação e a enzima permanece a mesma.

Enzima , termina em “ase” e na maioria das vezes, indica sua função, a lipase, é uma enzima que age na digestão de lipídeos, carboidrases e proteases agem, na digestão de carboidratos e proteínas, respectivamente.

A catalase, é utilizada nas células lesadas, por exemplo, á agua oxigenada é usada para desinfetar um ferimento, durante  aplicação, ela borbulha soltando oxigênio, devido á presença da enzima nas células lesadas.  A água oxigenada pode aparecer nas células, como um resíduo de  certas reações do metabolismo, e pode causar mutações, isto é, modificações no material genético, portanto, é muito importante  que a célula possa decompô-la rapidamente, se não houvesse a catalase no interior das células, a água oxigenada continuaria no  meio celular por muito mais tempo, o que aumentaria as chances de danos ao material genético.

As enzimas podem ser influenciadas pelo PH, temperatura, e a concentração do substrato. Cada enzima funciona  de maneira mais eficiente em determinado valor de PH, dito, “ótimo”. Acima ou abaixo do ótimo, as enzimas funcionam, de forma menos eficiente. Para a maioria das enzimas, ótimo varia de 6.0 a 8.0, havendo exceções. A amilase salivar, tem ótimo desempenho em PH ao redor de 7.0( neutro),  deixando de funcionar em condições de acidez extrema, como no estômago. Já a pepsina, uma enzima do estômago que digere proteínas, tem maior eficiência em PH,  muito ácido ( ao redor de 2.0) A tripsina, é uma protease produzida no pâncreas e age no duodeno e  o PH próximo a 8.0. Concluindo, o PH ótimo é um valor que varia de uma enzima para outra.

A influência da temperatura para as enzimas, da mesma forma como ocorre em relação ao PH, cada enzima tem uma temperatura ótima de funcionamento.  A velocidade de reação  é máxima na temperatura ótima, diminuindo sua eficiência abaixo ou acima dela. No caso das enzimas humanas, o ótimo varia entre 35°C  e 40 °C. No entanto, o ótimo da temperatura  pode estar ao redor de 5°C, no caso de certos peixes árticos, ou ainda, em torno dos 70°C, em bactérias e algas que vivem em fontes termais., lembrando que , algumas enzimas perdem a função a temperaturas superiores a 50°C, já que as moléculas sofrem desnaturação.

Quanto á concentração de substrato, quanto maior for a concentração, maior é a velocidade da reação promovida pela enzima. Chega-se no entanto, a um ponto e concentração ótima, em que a velocidade da reação é máxima.  Aumentar a concentração do substrato, desse ponto em diante, não aumenta nem diminui a velocidade da reação. A velocidade da reação, em cada instante, depende do número de moléculas de enzimas ligadas a molécula de substrato. Quando há pouco substrato na solução, a probabilidade de encontros “ enzima- substrato” é pequena. Assim, poucas moléculas de enzima, estão catalisando a reação. Ao amentarmos a concentração de substrato, aumentamos a probabilidade de encontros e, portanto, o número de moléculas de enzima em ação torna -se maior. Na concentração ótima, todas as moléculas de enzima estão ocupadas, ou seja, ligadas a moléculas, de substrato. Nesse ponto, a enzima está agindo a “topo favor’, com sua eficiência máxima, não adiantando mais aumentar a concentração de substrato.

Enzimas e coenzimas

As enzimas são , muitas vezes, proteínas simples, constituídas apenas  por aminoácidos. É o caso da amilase, da maltase e de outras digestivas. Em certas enzimas, há na molécula, além do aminoácido, um composto não proteico, chamado coenzima. A haloenzima é uma enzima completa, formada pela apoenzima ( parte proteica) e pela apoenzima ( parte não proteica), onde a coenzima, se destaca da apoenzima.

 

 

Deslocamento, intervalo de tempo e velocidade média

 

Deslocamento, intervalo de tempo e velocidade média

 

1- Após chover na cidade de São Paulo, as águas da chuva descerão o rio Tietê até o rio Paraná, percorrendo cerca de 1.000km. Sendo de 4km/h a velocidade média das águas, o percurso mencionado será cumprido pelas águas da chuva em aproximadamente quantos dias?

 

2- Um carro percorreu a metade de uma estrada viajando a 30km/h e a outra metade da estrada a 60km/h. Sua velocidade média no percurso total foi, em km/h, de:

 

3) Um carro percorre 60 metros em 3 segundos. Calcule sua velocidade média.

 

4) Um carro consegue percorrer 230 km em 2 horas de viagem. Calcule sua velocidade média.

 

5) Um caminhão parte da posição 50 km às 8 h e chega a posição 230 km às 10 h. Qual a velocidade média deste caminhão?

 

6) Um ciclista pedala ao longo 18 km no decorrer de 2 horas. Qual a sua velocidade média em km/h e m/s?

respostas 

 1- Após chover na cidade de São Paulo, as águas da chuva descerão o rio Tietê até o rio Paraná, percorrendo cerca de 1.000km. Sendo de 4km/h a velocidade média das águas, o percurso mencionado será cumprido pelas águas da chuva em aproximadamente quantos dias?

4=1000/T                    4T=1000         T= 250 horas           

250 h__x     

24h___1 dia              24x=250        X=250/24        x=10.4                        10 dias

 

2- Um carro percorreu a metade de uma estrada viajando a 30km/h e a outra metade da estrada a 60km/h. Sua velocidade média no percurso total foi, em km/h, de:

30Km +60Km= 90 Km       em 2 horas( 1+1)

90/2=              45Km/h 

 

3) Um carro percorre 60 metros em 3 segundos. Calcule sua velocidade média.

ΔS = 60 m ← variação da posição

Δt = 3 s ← variação do tempo

Vm = ΔS/Δt = 60/3 = 20 m/s

4) Um carro consegue percorrer 230 km em 2 horas de viagem. Calcule sua velocidade média.

ΔS = 230 km ← variação da posição

Δt = 2 h ← variação do tempo

Vm = ΔS/Δt = 230/2 = 115 km/h

 

5) Um caminhão parte da posição 50 km às 8 h e chega a posição 230 km às 10 h. Qual avelocidade média deste caminhão?

S0 = 50 km ← posição inicial

t0 = 8 h ← tempo inicial

S1 = 230 km ← posição final

t1 = 10 h ← tempo final

Vm = ΔS/Δt = S1−S0 / t1−t0= 230−50 / 10−8=180 / 2 = 90 km/h

 

6) Um ciclista pedala ao longo 18 km no decorrer de 2 horas. Qual a sua velocidade média em km/h e m/s?

Primeiro: calcular a velocidade média em km/h.

Vm = ΔS / Δt = 18 / 2  = 9 km/h

Segundo: converter o resultado anterior para m/s.

9 km/h = 9000 m/3600s

 

V=  2,5 m/s

 

Ciclo do nitrogênio

 Ciclo do nitrogênio

 

O nitrogênio é encontrado na forma de N2 na atmosfera e é o principal componente do ar, correspondendo a cerca de 78% de sua composição.

Etapas do Ciclo do Nitrogênio ( fixação, nitrificação e desnitrificação)

O ciclo do nitrogênio começa com a transformação do N2 da atmosfera em outros compostos nitrogenados. Essa transformação é denominada de processo de fixação, que pode ser físico, industrial ou biológico. A fixação biológica  é por micro-organismos, sendo essa a forma mais comum de fixação. Nesse tipo de fixação, bactérias podem converter o nitrogênio(N2) gasoso em amônia (NH3)

Na fixação biológica, destaca-se a ação das bactérias do gênero Rhizobium. Bactérias desse gênero associam-se a plantas leguminosas, vivendo em nódulos de suas raízes. Ao morrerem, essas plantas liberam o nitrogênio de suas moléculas orgânicas na forma de amônia (NH3).

O nitrogênio pode ainda ser oxidado em nitritos e nitratos, em um processo conhecido como nitrificação, que conta com a ajuda de bactérias nitrificantes (Nitrosomonas e Nitrobacter). O processo de nitrificação pode ser dividido em duas etapas: a nitrosação, em que atua a bactéria do gênero Nitrosomonas, e a nitratação, em que atua a bactéria do gênero Nitrobacter. Na nitrosação, a amônia é convertida em nitrito (No2-); na nitratação, os íons nitrito são transformados em nitrato (NO3-). Os compostos inorgânicos de nitrogênio liberados no solo são absorvidos e convertidos pelas plantas, algas e algumas bactérias em compostos orgânicos, que passam a estar disponíveis na cadeia alimentar.

Os animais utilizam os compostos orgânicos, os quais são obtidos na alimentação, e liberam-nos na forma de excretas. No processo de decomposição, os compostos orgânicos podem ainda sofrer ação de bactérias que os convertem em nitrato, amônia ou até mesmo nitrogênio, capaz de retornar à atmosfera. Caso o nitrogênio siga o caminho de devolução para a atmosfera, diz-se que ocorreu um processo de desnitrificação, o qual é realizado pelas bactérias desnitrificantes e devolvem o nitrogênio gasoso para a atmosfera.

 

Revendo alguns conteúdos

1-      A redução de dióxido de carbono orgânico na fotossíntese é considerado em duas etapas, fase clara e fase escura. Descreva as duas fases

2-      O que é a quimiossíntese?

3-      Nos centros urbanos, onde a vegetação é substituída por vias pavimentadas e prédios, ocorre elevação da temperatura ambiental. Por que as árvores melhoram a qualidade do ar?

4-      Faça uma representação gráfica das pirâmides de energia e biomassa.

Os ciclos da matéria (água, carbono, nitrogênio e fosforo) página 68.

1-      No planeta Terra, a matéria fica presa , é considerada um sistema fechado. Justifique .

2-      Quais são as exceções para considerar o planeta Terra sistema fechado?

3-      Qual  sentido da frase: fluxo de energia e ciclo de matéria?

4-      Qual a  ação dos decompositores nos ciclos biogeoquímicos?

5-      Qual a  participação dos animais .incluindo o ser humano para o ciclo da agua?

6-      Como ocorre o ciclo do carbono por meio das cadeias alimentares?

 



PROJETO – FEIRA CULTURAL CIRCUITO DOS SENTIDOS

 

CIRCUITO DOS SENTIDOS

            O “circuito dos sentidos” busca estabelecer um ensino integrado do corpo humano, tratando de forma dinâmica o sistema nervoso e o funcionamento dos cinco sentidos (visão, audição, tato, olfato e paladar). 

VISÃO 

EXPLICAÇÃO: abordar o processo de formação de imagens, explicando como os raios de luz refletidos pelos objetos chegam até a retina, como as imagens chegam até o cérebro e que, no cérebro, o objeto em foco é visto na posição correta e “reconhecido”.

EXPERIMENTOS: Trazer experimentos sobre ilusão de ótica e “taumatrópios”. Esses objetos trazem um cartão com imagens diferentes em cada um de seus lados. Exemplo: de um lado coloca-se o desenho de um pássaro e do outro, uma gaiola. Coloca-se um pedaço de barbante em cada lado desses cartões. Quando se gira rápido esses barbantes, fazendo o cartão girar também, ocorre a “união” das imagens inseridas em cada lado do cartão. A explicação para o que ocorre está relacionada com um fenômeno chamado persistência da visão, que está relacionado com a retina e a interpretação feita pelo cérebro. 

CIRCUITO DOS SENTIDOS

             O “circuito dos sentidos” busca estabelecer um ensino integrado do corpo humano, tratando de forma dinâmica o sistema nervoso e o funcionamento dos cinco sentidos (visão, audição, tato, olfato e paladar).

 AUDIÇÃO

 

EXPLICAÇÃO: Abordar aspectos como: o órgão da audição e sua relação com o sistema nervoso; a importância desse sentido para diferentes percepções de sons que traduzem o ambiente; a audição e a comunicação e o porquê de deficientes visuais apresentarem o sentido de audição mais desenvolvido; e a relação entre as memórias sensoriais na identificação dos sons.

 EXPERIMENTOS:com o auxílio de um aparelho celular e fones de ouvido, tipos diferentes de sons serão submetidos à interpretação das pessoas. Exemplos de alguns dos sons em formato mp3 utilizados: acidente de carro, água borbulhando, chuva, tempestade. Cada pessoa deverá adivinhar quais eram os sons que ela ouviu.

A segunda atividade sobre audição teve início com a exposição de uma lista contendo nomes de diferentes objetos, tais como: chaves, pedras, feijão, água e arroz. Então, o ouvinte será vendado e objetos eram chacoalhados próximos a um de seus ouvidos, a fim de que ele pudesse identifica-los apenas através de seu sentido auditivo.

 


CIRCUITO DOS SENTIDOS

             O “circuito dos sentidos” busca estabelecer um ensino integrado do corpo humano, tratando de forma dinâmica o sistema nervoso e o funcionamento dos cinco sentidos (visão, audição, tato, olfato e paladar).

 

TATO

 

EXPLICAÇÃO:discutir como o nosso corpo possui áreas mais sensíveis, ou seja, com maior quantidade de terminações nervosas destinadas ao sentido do tato e como o nosso cérebro utiliza o tato para ativar partes de nossa memória. Explorar conhecimentos fisiológicos e anatômicos do corpo humano, correlacionandoas sensações do tato com a resposta do nosso corpo através de impulsos elétricos e químicos abordando, assim, a temática dossentimentos, como no caso de uma pessoa que ao tocar um ursinho falou que tinha a sensação de carinho e prazer.

 EXPERIMENTO:identifica um determinado objeto apenas a partir do toque, pois estavam de olhos vendados. Outra sugestão da atividade era utilizar objetos que despertassem nos alunos sentimentos de estranheza, medo, desconforto, entre outros, demonstrando como o nosso cérebro utiliza o tato para ativar partes de nossa memória. Como exemplo: um dos objetos era macarrão cozido, frio e molhado, que em contato com a pele de imediato causava repulsa e medo nos alunos que afirmaram posteriormente que achavam se tratar de minhocas ou algo semelhante. Pode-se utilizar uma caixa fechada com objetos dentro e um buraco por onde as pessoas colocarão a mão para identificar o que tem lá dentro.

 

CIRCUITO DOS SENTIDOS

             O “circuito dos sentidos” busca estabelecer um ensino integrado do corpo humano, tratando de forma dinâmica o sistema nervoso e o funcionamento dos cinco sentidos (visão, audição, tato, olfato e paladar).

 

OLFATO

 

EXPLICAÇÃO:explicar o processo de percepção do olfato, do momento em que a molécula do cheiro atravessava as fossas nasais, até o impulso nervoso enviado ao cérebro. Comentar a diferença que cada pessoa tem em seus sentidos, tendo uns mais aguçados que outros.

 EXPERIMENTO: uma pessoa vendada deverá adivinhar cheiros diferentes que serão colocados próximos a seu nariz, um de cada vez.

 

CIRCUITO DOS SENTIDOS

 

            O “circuito dos sentidos” busca estabelecer um ensino integrado do corpo humano, tratando de forma dinâmica o sistema nervoso e o funcionamento dos cinco sentidos (visão, audição, tato, olfato e paladar).

 PALADAR

EXPLICAÇÃO:entender não somente os componentes do paladar (como língua e papilas gustativas), mas como também fazer com que os eles conseguissem relacionar o paladar com outros sentidos.Com as experiências será possível abordar e explicar que, de fato, o “sabor” que identificamos nos alimentos é na verdade uma junção da percepção de dois órgãos do sentido – paladar e olfato. E que quando um está comprometido o outro pode se tornar menos apurado ou até mesmo não funcional, como acontece quando estamos gripados e há um comprometimento das vias nasais dificultando a identificação do gosto dos alimentos.

 

EXPERIMENTO:coloca-se alimentos nas respectivas regiões da língua da pessoa a fim de que a mesma identifique se o alimento era salgado, doce, amargo ou azedo. Em seguida, de modo aleatório, foram feitas combinações que dificultassem o acerto como, por exemplo, colocar um alimento doce na região que identifica o salgado. Nesse teste foi discutida a importância e função das papilas gustativas e o grau de sensibilidade delas quando em contado com os alimentos. O segundo teste busca explicar a correlação do paladar com o olfato. Desta forma, ao mesmo tempo em que uma pessoa cheira um brigadeiro, por exemplo, ela faz a degustação de um pedaço de cebola. Durante os primeiros segundos o aluno dizia estar comendo chocolate e quando o cheiro era retirado ele identificava o que de fato estava comendo. Outro teste parecido foi feito tampando o nariz da pessoa. Quando de nariz tampado apessoa não conseguia dizer nos primeiros instantes o que estava comendo.